Armando Rafael
Tenho esta mania horrível de fotografar tudo o que mexe e não mexe, e apanhar camaradas do DN desprevinidos quando trabalham dá-me um grande gozo.
Rafael - " Oh Leonardo, vai para o ..., um homem já não consegue estar concentrado aqui no trabalho..."
Aonde quer que estejas, um abraço deste teu camarada.
Foto: Leonardo Negrão
Rafael - " Oh Leonardo, vai para o ..., um homem já não consegue estar concentrado aqui no trabalho..."
Aonde quer que estejas, um abraço deste teu camarada.
Foto: Leonardo Negrão
4 Comments:
O comentário feito no post do JCC serve também para este.
Leonardo que bom teres este registo do teu camarada Armando Rafael, mesmo que não o tivesses tenho a certeza que o recordarias na sua melhor forma.
SAVANA Maputo 16.11.07
Armando Rafael
Um ataque cardíaco fulminante, no último sábado, levou do mundo dos vivos o jornalista Armando Rafael, nascido à 45 anos em Nova Mambone, norte de Inhambane.
Rafael não vivia em Moçambique. Há data da sua morte era chefe de gabinete de António Costa, o edil da capital portuguesa com quem compartilhava a filiação no Partido Socialista.
Mas onde Rafael se tornou mais conhecido foi nas páginas do Diário de Notícias, um dos jornais de referência em Portugal e onde chegou a ocupar a chefia da editoria de assuntos internacionais. Apaixonado por temas africanos, logo a seguir ao Acordo Geral de Paz, em 1992, veio a Moçambique e foi a Nova Mambone acompanhado pelo director do SAVANA. O pai de Rafael chefiou no tempo colonial a missão de luta contra a mosca do sono naquela região.
Também colaborador irregular das publicações da Mediacoop (quinta-feira última foi uma das fontes a confirmar-nos a impossibilidade de José Sócrates vir ao Songo para as cerimónias da HCB), Armando Rafael deixa um sem número de belas recordações para um punhado de jornalistas desta casa.
Olá Leonardo!! Não sei se te lembras de mim, de qualquer forma, lembro-me bem de ti e do teu colega Armando Rafael. Estagiei no DN, foram 14 meses da minha vida onde pude aprender bastante, tanto o Armando Rafael, como o Luis D`Orey foram pessoas que sempre me incentivaram no meu trabalho. Nunca me irei esquecer deles. Um beijo. Sandra Costa. costasandra@hotmail.com
Conheci o Armando Rafael em 1979 no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho. Fomos colegas de turma durante dois anos. O Armando destacou-se logo na primeira aula pelo seu ar maduro, tão diferente de todos os outros, ainda tão imberbes. A professora de Português, a fantástica Drª Maria Ema Tarracha Ferreira, pediu-lhe, meio a a sério meio a brincar, o B.I. para se certificar dos seus 16 anos, aparentemente desmentidos pela barba já cerrada. Ao longo desses dois anos, conheci um Armando culto, interessado por política, filosofia, jornalismo... muito mais implicado que qualquer outro de nós. Lembro-me do dia em que, acompanhando a campanha para a Presidência do General Eanes esteve frente a frente com ele e se cumprimentaram. O Armando dizia que nunca mais lavaria a mão direita.
Em 81-82 seguimos áreas específicas diferentes e nunca mais nos cruzámos. Penso nele desde que soube da sua morte pela revista Visão. Como é possível que aqueles olhos já não brilhem? Que aquele jeito tão peculiar de passar a mão pelo cabelo não se repita? Esta foto imortalizou um gesto muito seu, aquele abrir de braços que lhe vi fazer tantas vezes. Há coisas mesmo estúpidas e chocantes e esta morte é uma delas.
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